Defensoria participa de projeto pioneiro de curso para adotantes
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Porto Alegre (RS) - Uma iniciativa desenvolvida há quatro anos em Canoas vem ajudando pessoas que estão em processo de habilitação para adotar uma criança ou um adolescente. O Projeto Encontros de Preparação para Adoção, o qual tem a participação da Defensoria Pública do Estado (DPE), foi apresentado em uma reunião nesta quarta-feira (13) na Corregedoria do Tribunal de Justiça, segundo a Defensora Pública Dirigente do Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente (Nudeca), Cláudia Barros, com a finalidade de divulgar o trabalho no Poder Judiciário para que possa servir de modelo em outras comarcas.
Os encontros visam a sensibilizar os pretendentes a respeito de crianças e adolescentes que não estão incluídos no perfil desejado pela maioria, por exemplo, maiores de cinco anos, com deficiência e portadores de HIV. A primeira edição do curso foi realizada em outubro de 2010, visando atender as novas regras do Estatuto da Criança e do Adolescente. O texto determina que a inscrição do postulante à adoção será precedida de um período de preparação psicossocial e jurídica. O ciclo de preparação é de três encontros semanais onde é oferecido um espaço para a socialização do conhecimento, a troca de experiências e a reflexão sobre mitos e preconceitos que envolvem o processo.
O grande objetivo é estimular a adoção tardia e o resultado tem sido positivo, “pois os pretendentes alteram o perfil e mais crianças são adotadas, caso contrário, os adolescentes acabam atingindo a maioridade nos abrigos”, comentou a Defensora Pública Bárbara Sartori, que ajudou a implantar o curso em Canoas. Na cidade, a faixa de idade desejada aumentou de zero a três anos para zero a cinco anos.
Uma das idealizadoras do projeto, a assistente social judiciária Milena Moura de Ornelas, destacou que o tempo de espera pela adoção está diretamente ligado ao perfil traçado pelos interessados. “Tem casais esperando desde 2005 por bebês recém nascidos e outros que começaram o processo ano passado e já estão adotando”, afirmou.
Texto: Cristiane Pastorini/Ascom DPERS